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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A razão de fortalecer nossas entidades de classe

Muito tenho lido e ouvido de servidores da GCM a vontade de se desfiliar desta ou daquela entidade de classe – Sindicatos, associações etc.

As razões são em sua maioria a falta de ações positivas de seus diretores, quer na luta por melhorias salariais, quer por omissão em defender a categoria, ou por não algo de bom a fornecer, entre outras tantas, que na suas fundamentações possuem sempre as mesmas insatisfações como origem.

É preciso lembrar aqueles que encorajam essa forma negativa de pensar, que o principal meio legítimo que temos de reivindicar nossos anseios é através das entidades de classe. E que por isso, precisamos cada vez mais fortalecê-las , começando por tomar parte de suas ações.

Acredito ser um tremendo erro abandonar o órgão de classe quando as coisas não andam bem.

Temos que ter sempre em mente que as entidades de classe são pessoas abstratas, que agem por impulso de sua diretoria. Portanto, seus eventuais erros devem ser imputados isoladamente apenas à pessoa física de seus diretores, nunca à pessoa jurídica da entidade.

As entidades de classe existem para atuarem do nosso lado. Quando não o fazem, quando são omissas, é porque sua diretoria é omissa, não a entidade!

Nesses casos de descontentamento não podemos penalizar a entidade com o nosso abandono. Se assim o fizermos, estaremos enfraquecendo os nossos mecanismos de proteção, seria o mesmo que deixar a porta aberta para o perigo adentrar.

O que estamos querendo dizer com isso?

Vamos citar duas situações:

Em primeiro lugar, para entendermos a importância de uma entidade de classe, devemos ter em mente que ela precisa ser forte, ter representatividade e condições financeiras para lutar pelos seus afiliados. Para tanto, necessita de ter o maior número de servidores em seus quadros. A luta pelos direitos dos servidores envolve custos decorrentes de assessoria jurídica com qualidade, divulgações, eventos, estudos, e tudo o mais que puder contribuir com a evolução de seus propósitos. Precisamos sempre ter o melhor, e o que é bom geralmente tem um custo mais alto.

Em segundo lugar, porque a entidade de classe deve ser vista pelo governo com um órgão forte, que representa um número expressivo de trabalhadores e que tem instrumentos capazes de fazer valer suas reivindicações. Com esse propósito, o ideal seria ter em seus quadros todos os servidores, sem exceções, para que então, aquele que nos governa entenda sempre que a categoria é unida, pois, união se reverte em respeitabilidade.

Quem não se da ao respeito e não se respeita, jamais será respeitado!

Mesmo diante deste entendimento, muitos ainda perguntariam: Devemos permanecer filiados mesmo quando a diretoria é RUIM?

A resposta é SIM!

Devemos zelar pelo bem da entidade de classe, sem que para isso tenhamos que compactuar com a sua diretoria.

Se a diretoria é ruim, devemos permanecer filiados para VOTAR e eleger uma diretoria melhor!

Se a diretoria é ruim, devemos permanecer filiados para poder ter o direito de reclamar!

Devemos permanecer na entidade para cobrar dos diretores as posturas que entendemos ser a adequada!

Devemos permanecer independente de qualquer coisa, até mesmo para poder concorrer aos cargos de diretores, e assumirmos a função que julgamos não estar sendo realizada a contento.

Devemos permanecer unidos para que eventuais inimigos saibam que a categoria é unida, por isso, é forte.

Imaginemos uma situação em que todos debandassem de uma entidade de classe. Aos olhos dos governantes seria o mesmo que a visão de um policial pelos olhos de um inimigo que, ao perceber ele uniformizado, mas sem a sua arma de fogo, logo concluirá que ele está, de certa forma, um pouco mais indefeso!

Portanto, caros colegas das Guardas Municipais, afiliem-se em seus sindicatos ou associações. Escolham aquela que mais terá condições de lhes representar. Façam de nossa categoria (Guardas Municipais) um grupo forte e expressivo. Façam parte da administração do órgão de classe que elegeu, mesmo que na condição de colaborador. Fiscalizem suas ações e cobrem a eficácia e a eficiência que julgarem necessárias. Critiquem menos, critiquem com responsabilidade somente o que for preciso. E, para finalizar, sob hipótese alguma, jamais as abandonem!

Publicado no Blog "Os Municipais" em 02 de agosto de 2010.